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O mundo dos sonhos
Um sonho. É preciso ter um sonho. Todos devem sonhar. A realidade nada mais é do que a materialização dos sonhos que são transformados em verdadeiros projetos de vida. Eles guardam escondidos os detalhes que fazem a diferença, nos lugares mais íntimos do inconsciente, onde não existem impossibilidades. Nos sonhos os homens deuses, super-heróis; criam asas, ressuscitam mortos. Ali as pessoas vão e vem como em passes de mágico. Crescem de uma hora para outra e no mesmo instante voltam a ser crianças outra vez. Nada é impossível. Nos sonhos, os homens têm a natureza de Deus. E para Deus não existe coisa demasiadamente maravilhosa. Todo aquele que crê tem possibilidades de remover montanhas, obstáculos, qualquer que seja a pedra que haja em seu caminho. Quem tem sonhos, tem a possibilidade de fazer milagres. Feito à imagem e semelhança de Deus, o homem tem dentro de si a capacidade para o infinito.
Teve José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais. Pois lhes disse: Rogo-vos, ouvi este sonho que tive: Atávamos feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e ficou em pé; e os vossos feixes o rodeavam e se inclinavam perante o meu.Então, lhe disseram seus irmãos: Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente? E com isso tanto mais o odiavam, por causa dos seus sonhos e de suas palavras. Teve ainda outro sonho e o referiu a seus irmãos, dizendo: Sonhei também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim. Contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o o pai e lhe disse: Que sonho é esse que tiveste? Acaso, viremos, eu e tua mãe e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra? (Gn 3&:5-10) Passadas estas coisas, aconteceu que o mordomo do rei do Egito e o padeiro ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. Indignou-se Faraó contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe. E mandou detê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava preso. O comandante da guarda pô-los a cargo de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão. E ambos sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com a sua própria significação, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. Vindo José, pela manhã, viu-os, e eis que estavam turbados. Então, perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor: Por que tendes, hoje, triste o semblante? Eles responderam: Tivemos um sonho, e não há quem o possa interpretar. Disse-lhes José: Porventura, não pertencem a Deus as interpretações? Contai-me o sonho. Então, o copeiro-chefe contou o seu sonho a José e lhe disse: Em meu sonho havia uma videira perante mim. E, na videira, três ramos; ao brotar a vide, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. O copo de Faraó estava na minha mão; tomei as uvas, e as espremi no copo de Faraó, e o dei na própria mão de Faraó. Então, lhe disse José: Esta é a sua interpretação: os três ramos são três dias; dentro ainda de três dias, Faraó te reabilitará e te reintegrará no teu cargo, e tu lhe darás o copo na própria mão dele, segundo o costume antigo, quando lhe eras copeiro. Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa; porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão alvo me estavam sobre a cabeça; e no cesto mais alto havia de todos os manjares de Faraó, arte de padeiro; e as aves os comiam do cesto na minha cabeça. Então, lhe disse José: A interpretação é esta: os três cestos são três dias; dentro ainda de três dias, Faraó te tirará fora a cabeça e te pendurará num madeiro, e as aves te comerão as carnes. No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. Ao copeiro-chefe reintegrou no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó; mas ao padeiro-chefe enforcou, como José havia interpretado (Gn 40:1-22). Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó. Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo. Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a Faraó. Então, contou Faraó a José: No meu sonho, estava eu de pé na margem do Nilo, e eis que subiam dele sete vacas gordas e formosas à vista e pastavam no carriçal. Após estas subiam outras vacas, fracas, mui feias à vista e magras; nunca vi outras assim disformes, em toda a terra do Egito. E as vacas magras e ruins comiam as primeiras sete gordas; e, depois de as terem engolido, não davam aparência de as terem devorado, pois o seu aspecto continuava ruim como no princípio. Então, acordei. Depois, vi, em meu sonho, que sete espigas saíam da mesma haste, cheias e boas; após elas nasceram sete espigas secas, mirradas e crestadas do vento oriental. As sete espigas mirradas devoravam as sete espigas boas. Contei-o aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse. Então, lhe respondeu José: O sonho de Faraó é apenas um; Deus manifestou a Faraó o que há de fazer. As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um só. As sete vacas magras e feias, que subiam após as primeiras, serão sete anos, bem como as sete espigas mirradas e crestadas do vento oriental serão sete anos de fome. Esta é a palavra, como acabo de dizer a Faraó, que Deus manifestou a Faraó que ele há de fazer. Eis aí vêm sete anos de grande abundância por toda a terra do Egito. Seguir-se-ão sete anos de fome, e toda aquela abundância será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra; e não será lembrada a abundância na terra, em vista da fome que seguirá, porque será gravíssima. O sonho de Faraó foi dúplice, porque a coisa é estabelecida por Deus, e Deus se apressa a fazê-la. Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome. O conselho foi agradável a Faraó e a todos os seus oficiais. Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus? Depois, disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu. Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu. Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do Egito. Então, tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro. E fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Inclinai-vos! Desse modo, o constituiu sobre toda a terra do Egito. Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, contudo sem a tua ordem ninguém levantará mão ou pé em toda a terra do Egito (Gn 41:14-44). Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa (Jr 32:17). Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê (Mc 9:23). E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível (Mt 17:20). Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá (Mt 21:21). Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá (Lc 17:6).
A vida de cada um é a realização de um sonho, um que antes parecia ser impossível, mas que realmente aconteceu. E quando alguém conta parte de suas experiências, certamente o faz em agradecimento a tudo o que recebeu de seus ancestrais, cumprindo uma parte da minha responsabilidade social, legando-as como exemplos para as novas gerações, como estímulos para a crença nas possibilidades. O presente somente é possível porque ele é a soma dos sonhos realizados pelos antepassados. Nunca se deve desanimar de atingir as metas estabelecidas, por mais que elas pareçam difíceis de serem atingidas. Não se desiste de um sonho. Pode-se até adiar um pouco a sua realização, mas jamais se deve esmorecer diante das dificuldades. Se isso acontecer, ele morre e com ele também morre o sonhador.
Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:12, 14). Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum.  Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum;  todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? (Lc 18:1-8). Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer (Ap 2:1-3).
A desistência é o último suspiro de um homem. É a perda da fé, da esperança e de tudo o que dá sentido à vida. A ordem do Criador é para que o homem cresça, avance e seja vencedor. Ele tem as coroas da vitória para dar a cada um que atinge a reta final. E veja um detalhe de suma importância: as coroas são de ouro, prata e bronze. Mas vencedor de verdade não quer saber de bronze. É ouro ou prata. Ninguém participa pensando em ser o último. Essa história de que “a vitória não importa, pois o que vale mesmo é competir”, não pertence ao universo de um sonhador, de um que “faz a hora e não espera acontecer”. Neste mundo, pode-se até ser o segundo, mas o terceiro lugar sabe-se que não significa nada.
Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam (Tg 1:12). Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:20). Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono (Ap 2:7, 17, 26; 3: 12, 21).
O homem não foi criado para aproveitar as sobras dos outros. Ao nascer recebe a autoridade e o poder para construir lindas histórias de sucesso em sua vida. Com certeza, todas as pessoas têm participado de muitas histórias maravilhosas ao lado de outros grandes vencedores. E é certo que, ao deixar essa vida, muitos terão os seus nomes gravados no panteão da história, como exemplos de quem acreditou que os sonhos marcam o início de todas as realizações. E que por isso sonharam. Sonharam muito e viveram e construíram muito mais.
Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (Rm 8:37).
Não se veja o vencedor que conta sua história de sucesso, como se ele fosse um fanfarrão. Veja-o como um otimista. Se suas histórias não forem parecidas com aquilo que ele está deixando transparecer, não pense que ele tenha fracassado. Apenas acredite que é possível construir uma história de vida ainda melhor. Aquele que testemunha sobre sua história de sucesso tem o objetivo de animar e desafiar às presentes e futuras gerações a construírem histórias melhores do que as suas. Ele sabe que se conseguir isso, então terá, de fato, consolidado a sua vitória. A verdadeira vitória não aquela de quem conclui uma carreira, senão aquela que consegue estimular a continuação, tendo em vista o surgimento de alguma coisa melhor nesse mundo. Vitorioso é aquele que consegue ter filhos que continuem a sua missão vida, como verdadeiros discípulos.
Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. (Hb 12:1-2)
É de destacar que os pais não devem querer que os filhos sejam iguais a eles. Antes, que eles sejam maiores e melhores. É assim que deve ser. Eles somarão ao conhecimento e experiência da geração de seus pais tudo aquilo que for construído pela sua própria geração. Eles conhecerão as coisas novas que o amanhã lhes reservou e que seus pais sequer sonhavam ser possíveis.
Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (Jo 14:12).
O mundo e a vida não são estáticos. Estão em constante transformação. Pode-se até sonhar e desejar para a vida que somente será possível para os filhos. Não é errado querer saber e conhecer as coisas que somente serão se materializarão no tempo deles. Mas, com certeza é pecado mortal querer aprisioná-los no mundo já realizado, tanto do presente, quanto do passado. Os filhos representam as novas possibilidades de vida. É possível até que um dia os que já morreram possam ser ressuscitados para habitar outra vez esse fantástico mundo que está sendo sonhado e construído por todos e para todos. Então a morte deixará de ser realidade e todos os homens viverão e serão felizes para sempre.
Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo (Mt 5:21-22). Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados (1 Co 15:51-52). Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe (Ap 21:1). Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65:17). Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome (Is 66:22). Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3:13).
Seja o que for e em qualquer que seja o lugar. O homem não deve medir esforços para construir e tornar realidade o mundo de seus sonhos. Que Deus o ajude nessa tarefa!
Prof Izaias Resplandes
Enviado por Prof Izaias Resplandes em 06/08/2008
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