Ao final de todo culto evangélico, normalmente é perguntado ao ouvinte se ele gostaria de aceitar a Jesus como Salvador. Essa pergunta é feita porque o objetivo final da pregação do Evangelho é orientar o homem pecador para que ele possa se apegar a Jesus, o Salvador que Deus Pai prometeu, preparou e enviou ao mundo para salvar a humanidade. Vejamos.

Inicialmente, podemos ver que o próprio nome JESUS está ligado à salvação do homem. Quando o anjo Gabriel apareceu a JOSÉ para esclarecer-lhe sobre o que estava acontecendo com MARIA, sua noiva, disse-lhe que ela estava grávida por obra do ESPÍRITO SANTO e que daria à luz um filho, ao qual JOSÉ deveria por o nome de JESUS, porque ele salvaria o seu povo dos pecados deles (Mt 1:21). Cf. Mt 1:18-25. Jesus escreveria com o seu sangue o último capítulo da triste história milenar que narrava a queda do homem.
Recordemos. Quando o homem pecou contra Deus, lá no início do mundo, desobedecendo a Suas orientações para uma vida harmônica com Ele (Gn 3:8), preferindo dar ouvidos às orientações maliciosas de Satanás (Gn 3:1-6), encarnado na antiga serpente (Ap 12:9, 20:2), ele foi condenado à morte por força da sentença pré-estabelecida por Deus (Gn 2:17). Cf. Gn 2:15-17. Apesar de tudo, Deus não abandonou o homem que criara. Primeiro, porque o plano divino em relação ao homem nunca fora o de cria-lo para depois extingui-lo. Deus criara o homem para viver ao Seu lado, em Sua companhia e esse continuava sendo o Seu plano. Segundo, porque se Deus abandonasse o homem na morte, isso significaria a vitória de Satanás, posto que ele seria vitorioso por ter conseguido matar o homem ao conduzi-lo para a desobediência e Deus teria fracassado por não conseguir manter o homem vivo, obedecendo a Sua Palavra. E Satanás nunca fora e nem seria mais poderoso do que Deus. De forma que Deus Pai continuou cuidando do homem, apesar de sua condição de condenado à morte. Ainda no Jardim do Éden, Deus prometeu um SALVADOR para a humanidade. Ele prometeu que da descendência da mulher haveria de nascer um que feriria a cabeça da serpente. Desde então toda a terra aguardava ardentemente pelo dia da redenção (Rm 8:19-21), quando o Salvador seria revelado e o homem poderia então ser resgatado de seu fatídico destino. Milhares de anos se passaram, mas finalmente o Salvador foi anunciado. Seu nome era JESUS, pois como dissera o anjo “porque ele salvaria o seu povo dos pecados deles”.
Jesus nasceu (Mt 2:1), cresceu (Lc 2:40) e morreu (Lc 23:46). Segundo a tradição ele teria vivido 33 anos, sendo os trinta primeiros dedicados à sua preparação missionária e os três últimos ao cumprimento da missão que ele viera cumprir no mundo. A sua pregação era muito simples. Ele proclamava a boa notícia que a humanidade aguardava, ou seja, o SALVADOR prometido havia chegado. Encerrava-se o reino de Satanás e iniciava-se o Reino de Deus. Cf. Mc 1:14-15. Infelizmente a grande maioria do povo daquele tempo não foi capaz de reconhecer que JESUS era o Salvador prometido e por causa disso, muitos perderam a oportunidade de receber a salvação de Deus. Cf Jo 1:11. Mas, embora em menor quantidade, houve várias pessoas que o reconheceram como o SALVADOR prometido, como por exemplo, Filipe de Betsaida. Cf. Jo 1:45. E a essas pessoas, Deus não somente concedeu-lhes a salvação, mas também a adoção das mesmas como seus filhos. Cf. Jo 1: 12-13. Esse foi um segredo que até então Deus não revelara ao homem. Em princípio, o Salvador estava prometido para toda a humanidade, a descendência de Adão (Gn 3:15). Com o tempo, aumentando a corrupção na terra, Deus escolheu dentre os homens um que seria o patriarca de uma nação especial para Deus. Esse homem foi Abraão e a nação foi Israel (Gn 12:1-2). Deus escolheu os israelitas para serem o Seu povo particular e ao longo da história, vemos Deus renovando a promessa do Salvador para o Seu povo de Israel (Ex 3:7). E, em princípio, como bem diz João, Jesus “veio para o que era seu” (Jo 1:11). Jesus veio para salvar os judeus, conforme a promessa de Deus (Mt 1:21). Veio para salvar o “seu povo dos pecados deles” (Mt 15:21-28). Mas, conforme foi revelado em sua vinda, a promessa de salvação para a descendência de Adão continuava de pé e JESUS então era ofertado para todas as pessoas que desejassem a salvação e que, efetivamente, recebessem a Jesus como o seu SALVADOR. Desde então esse Evangelho vem sendo pregado a toda criatura, a judeu, e a não-judeu. E todo aquele que crer nesse Evangelho e for batizado recebe a salvação de Deus, conforme a promessa de Jesus, quando do envio de seus discípulos pelo mundo a fora, registrada em Mc 16:15-16.
Essa é a razão porque o Evangelho é pregado. E esse é o motivo pelo qual sempre se pergunta ao término do culto, se o ouvinte deseja aceitar a Jesus como Salvador. Ou seja, isso é feito porque essas foram as condições estabelecidas por Deus e por Seu Filho JESUS para que o homem possa receber a salvação de sua alma. Espero que você esteja bem orientado sobre que decisão tomar à luz dessa pregação. Que Deus nos abençoe!

Izaias Resplandes de Sousa é membro da Neo-Testamentária de Poxoréo, MT.