Todas as pessoas têm seus objetivos de vida, embora muitas vezes elas sequer os conheçam. Os atos, contudo, denotam claramente qual é a direção que cada um está seguindo, bem como o destino final de sua jornada. Convido-o para uma reflexão sobre este assunto, o qual, certamente é de suma importância, pois nos esclarece sobre duas das questões fundamentais da existência, quais sejam: “para que viemos ao mundo?” e “para onde estamos indo?”.
Comecemos refletindo sobre a questão geral do planejamento, pois os objetivos constituem o cerne de todo plano, por mais simples ou sofisticado que se apresente. E esse realmente é o xis da questão, posto que nós, nem sempre planejamos nossas ações. Na maioria das vezes, fazemo-las de qualquer maneira, caminhando como diz o povo, “na direção em que o nariz aponta”. Com certeza, não seríamos capazes de dizer quantas vezes agimos dessa maneira tão comum. E isso talvez responda à pergunta “para onde estamos indo?”, bem como estabeleceria que, “para qualquer lugar”, seria uma boa resposta.
A Bíblia nos orienta sobre a necessidade de um planejamento, se quisermos viver de forma consciente, sabendo o que estamos fazendo, como estamos fazendo e qual será o resultado do nosso fazer. Em Lc 14: 28-32 temos a ilustração do que estamos falando. Leiamo-la. Tanto o construtor, quanto o rei e como qualquer um de nós em nossos projetos de vida, se não fizermos um cuidadoso planejamento, estaremos fadado ao fracasso. Sem planejamento, qualquer caminho é caminho para nenhum certo; é o caminho do perdido; é o caminho da perdição. Quem, de fato, deseja ir a algum lugar determinado, deve planejar essa sua vontade, esse seu desejo e então seguir de acordo com esse planejamento. Vale dizer que em vez de bênção, o que a Bíblia prevê em Jr 48:10 para o relaxado e desleixado é uma maldição. Devemos seguir o exemplo mencionado em At 17:11, dos homens de Beréia (cidade da Macedônia, 80 km distante de Tessalônica e o centro mais populoso da província nos dias do apóstolo Paulo). Devemos, a cada momento, conferir se as nossas ações estão de acordo com o nosso plano de vida. Vamos exemplificar.
Está entre os nossos desejos sermos filhos de Deus, mas não executamos em nossa vida o plano traçado por Ele para cada um de seus filhos. Se não construirmos a casa de acordo com a planta, é certa que a obra construída será uma outra casa diferente da planejada. Se não andarmos como devem andar os filhos de Deus, igualmente, não seremos filhos dEle. Foi isso que Jesus quis dizer em Jo 8:31-44 aos judeus “que tinham crido nele”, mas cujas ações não correspondiam ao plano traçado para os seus discípulos. Eles desejavam ser filhos de Abraão, mas não praticavam as obras de Abraão. Segundo Jesus, como eles praticavam as obras do diabo, então eles eram filhos dele. Outra passagem, localizada em Mt 7:16-23, diz que seremos conhecidos pelos nossos frutos e não por nossas palavras. Segundo Jesus, “nem todo que lhe diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus”, mas somente aquele que fizer a vontade de Deus Pai.
Por esses pontos, podemos notar que muitas pessoas caminham às cegas, sem saber para onde estão indo. O detalhe é que, conscientes ou não, de qualquer maneira, essas pessoas estão indo para algum lugar. No plano da vida, toda estrada leva a algum lugar. Devemos ter compromisso com nós mesmos no sentido de descobrirmos para onde estamos indo. E se descobrirmos que estamos indo para um caminho indesejado, não devemos ter a vergonha ou a covardia de mudar de direção. Diz a Bíblia em Pv 14:12 que alguns caminhos que os homens pensam ser bons caminhos, na verdade podem conduzi-los à morte. E segundo Ez 18:32, Deus não deseja que isto aconteça, pois Ele não tem prazer na morte de ninguém e o seu desejo é que o homem corrija o caminho de sua vida e viva. E Salomão completando esse ponto, diz em Pv 15:24 que o homem sábio e que tem o conhecimento das coisas que faz, segue para cima o caminho da vida e se livra do caminho do inferno que está em baixo.
O céu e o inferno são os limites finais de nossa vida. Não existem mais de duas possibilidades para a reta final. E nós, meus queridos, não devemos ser levianos com nossas vidas. Ela é o bem mais precioso que temos. Devemos planejar cuidadosamente o que vamos fazer dela. E o céu de Deus, com certeza é muito melhor do que o inferno (Fp 1:23); é muito melhor do que o Lago de Fogo em que serão lançados a morte, o inferno e todos aqueles que rejeitaram se tornar um filho de Deus, por Sua graça e por seu amor (Ap 20:14-15, 21:8). Assim, ao encerrar essa mensagem eu quero recomendar a você o que eu recomendei para mim mesmo. Quero lhe sugerir que aceite de coração a vida eterna que Deus está oferecendo a todos aqueles que crerem em Jesus, seu Filho amado e que O receberem como Senhor de suas vidas (Jo 1:11-12). Aceite Jesus. Aproveite essa oportunidade que hoje lhe está sendo apresentada. Não deixe para amanhã, pois como diz em 1 Co 6:2, “eis agora, o dia da salvação”. “Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar!” (HC, 9).

Izaias Resplandes de Sousa é membro da Neo-Testamentária de Poxoréo, MT.