Os anos de nossa vida
1. Introdução. O homem sempre se preocupou com a quantidade de seus anos de vida. Todos os esforços da ciência têm sido voltados para prolongar a vida. Hoje eu passei o dia na companhia de dois primos, filhos de irmãos de meu pai. Edivaldo, filha de tia Paulina e Arnaldo, filho de tio Josias. Conversamos sobre muitas coisas. Dentre elas: (1) A libertação dos vícios; e, (2) A duração de nossa vida. Edivaldo disse que pretende chegar aos noventa anos; Arnaldo disse que se conseguir mais cinco já está satisfeito; de minha parte, disse que gostaria de viver o máximo possível, mas se chegasse aos setenta, também já estaria bom. Esse será o tema de nossa reflexão, considerando as perspectivas oferecidas pela Bíblia: (1) A previsão média; (2) A longaminidade; e, (3) A vida eterna.
2. A previsão média. No início do mundo, a Bíblia relata que os homens tinham vidas bastante longas. Adão viveu 930 anos (Gn 5:5); Sete, filho de Adão viveu 912 anos (Gn 5:6-7); Noé viveu 950 anos (Gn 7:11; 9:28); Abraão viveu 175 anos (Gn 25:7); Isaque viveu 147 anos (Gn 47:28); e, José viveu 110 anos (Gn 50:22). Esses são alguns exemplos. É de se observar que os anos de vida foram diminuindo. Segundo o Salmo 90, cuja autoria é atribuída a Moisés, “os dias de nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente e nós voamos”. Cf. Sl 90:10.
Segundo o IBGE:
Em 2003, a esperança de vida estimada ao nascer no Brasil, para ambos os sexos, subiu para 71,3 anos. Foi um aumento de 0,8 anos em relação à de 2000 (70,5 anos). Mas o patamar desse indicador poderia ser superior em 2 ou 3 anos, não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por violência.
Ao considerar que no Japão a vida média já é superior a 81 anos, a esperança de vida no Brasil de pouco mais que 71 anos ainda é relativamente baixa. E, de acordo com a projeção mais recente da mortalidade, somente por volta de 2040 o Brasil estaria alcançando o patamar de 80 anos de esperança de vida ao nascer (Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=266. Acesso em 17 maio 2009).
É possível que nossos filhos cheguem à casa dos noventa e ultrapasse a média mosaica dos oitenta anos. É claro que para isso precisam cuidar melhor da saúde, obedecendo a regras disciplinares saudáveis, conforme as orientações e recomendações dos órgãos responsáveis.
3. A longaminidade. A Bíblia também estabelece regras para a longa vida. O apóstolo Paulo recorda que a honra aos pais traz a promessa divina de longaminidade. Esse é um dos dez mandamentos que Deus entregou para Moisés no monte Sinai. Cf. Ef 6:2-3; Ex 20:12. O que seria a honra?
Segundo Orlando Boyer, em sua Pequena Enciclopédia Bíblica, 7.ed. Miami, Flórida, USA, 1978, p. 314, a honra é: “glória, estima, apreço pelas virtudes, atos ou talento de alguém”.
Os antigos viviam mais. Seus hábitos de vida eram melhores. Talvez por isso se explique a orientação para que os filhos honrem os seus pais, apreciando por adesão os seus princípios de vida. Os pais têm a responsabilidade de cuidar dos filhos. Jesus disse em sua orientação que mesmo sendo maus, os pais sabem dar boas dádivas aos seus filhos. Isso equivale a dizer que eles sabem o que convém aos seus filhos e se estes os honrassem, seguiriam os seus conselhos e suas orientações educacionais quanto aos alimentos e aos demais hábitos de higiene e saúde. Cf. Lc 11:11-13.
Quando conversava com os meus primos, perguntei-lhes sobre os dentes. Há um ditado popular a dizer que “pelos dentes se conhece um cavalo”. A orientação também vale para as pessoas. Como estão os nossos dentes? E os de nossos filhos? Com certeza, os deles estão muito melhores do que os nossos, porque nossos pais não tinham uma boa orientação nesse sentido. Nesse aspecto, nós sabemos mais do que eles e ensinamos nossos filhos a ter cuidados mais adequados. Com certeza, é possível que as próximas gerações vivam mais.
4. A vida eterna. A vida terrena é apenas um princípio de vida. Jesus disse que veio ao mundo para que nós tivéssemos vida e vida com abundância. Cf. Jo 10:10.
Diz o apóstolo Paulo que outrora nós andávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas que Deus nos deu a vida. Cf. Ef 2:1.
A vida abundante é a vida eterna. O homem pode desfrutar o máximo que puder de sua vida terrena e contentar-se com isso. Mas se tiver fé na Palavra de Deus, se crer que Jesus veio ao mundo para nos livrar da morte eterna e nos proporcionar uma vida eterna com Deus, então poderemos desde já nos apropriar das promessas que Jesus fez em relação a essa questão.
Segundo Jesus, quem ouve a sua palavra e crê naquele que o enviou, Deus, tem a vida eterna, não entrará em condenação, em juízo, mas passa da morte para a vida. A morte física seria apenas um ato de passagem desta vida terrena para a vida espiritual. Cf. Jo 5:24; 1 Jo 5:11.
Conclusão. É de ver que temos muita responsabilidade na definição de quantos anos viveremos. Se seguirmos o círculo temporal é provável que nós vivamos na média dos setenta a oitenta anos. Se tivermos bons hábitos de vida poderemos prolongar nossa vida um pouco mais. Quem sabe chegaremos a cem anos! Mas se aceitarmos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, então... Poderemos ter a vida eterna. Tudo depende apenas de nós. Basta apenas uma confissão de fé e uma disposição para viver segundo o padrão dos filhos de Deus. Isso está disponível para todos os vocacionados. Que isso possa ser confirmado pela nossa fé!
Prof Izaias Resplandes
Enviado por Prof Izaias Resplandes em 18/05/2009
Alterado em 18/05/2009