A teoria do amor
O amor é o maior de todos os atributos. Tanto já se falou sobre ele e ainda se tem muito por dizer a seu respeito. A verdade é que não basta falar do assunto. É preciso ir além da fala e transformá-la em fatos concretos. Para tanto, é preciso ter aprendido com quem sabe o que realmente significa tudo isso, não porque leu ou ouviu falar, mas porque viveu e sentiu na plenitude tudo o que se refere a esse sentimento tão profundo. Nessa reflexão destacaremos: (1) a sua origem e significado, porque não se pode praticar o que se desconhece; (2) em seguida, demonstraremos que o amor continua sendo um mandamento divino, o qual, focalizado em Deus e no próximo, está acima de todas as coisas; e, (3) por último, enfocaremos algumas ações que sirvam para exemplificar como a teoria do amor pode se tornar realidade em nossa vida, melhorando as nossas relações pessoais e sociais.
1 A origem do amor. O amor é um bom sentimento, portanto não pode ter sua gênese no ser humano, mas somente em Deus, porque somente Ele é bom. Embora algumas teorias afirmem que o homem seja bom, a Bíblia nos diz que ele é mau por natureza, embora também possa fazer algumas coisas boas. Cf. Mc 10:18; Gn 8:21; Mt 12:34; Lc 11:13.
Por outro lado, o domínio do amor também se encontra entre as coisas que compõem o legado que Deus deixou na terra para que nós sujeitássemos, conquistássemos, praticássemos e ensinássemos aos demais, principalmente aos de nossa casa. Sendo um dos atributos de Deus, encontra-se revelado em cada momento de sua criação e em sua palavra, podendo ser assimilado, apreendido e praticado. Essa é a nossa lição de casa. Cf. 1:28 (enchei a terra e sujeitai-a); Rm 1:20; Dt 11:18-19; 29:29; Js 1:7-8; Jo 5:39;
2 O mandamento do amor. O amor é o princípio de todas as coisas. Ao planejar a criação do homem, Deus também pensou no mundo em que ele iria viver. Assim, antes de tudo ele criou um espaço ambiental adequado, dotado de toda a infra-estrutura necessária às primeiras condições para a existência humana. Então fez o homem com muito amor. Viu que não era bom ele estar só e fez-lhe uma companheira, tornando-o um ser social. Agora ele também teria alguém para amar e seguir o exemplo de seu Criador. Cf. Gn 1 (sobre a criação do mundo) e Gn 2:18 (sobre a criação da mulher); Ef 1:4 (última parte); Mt 22:36-40; Jo 13:34-35 (o novo mandamento).
3 Ações de amor. A melhor forma de se ensinar alguma coisa é pela prática. Jesus criticava os escribas e fariseus chamando-os de “hipócritas”, porque apenas falavam o que devia fazer, mas eles mesmos não faziam o que ensinavam. Deus nos ensinou as lições do amor, amando-nos como ninguém jamais foi capaz de amar. Cf. Lc 11:46; Jo 3:16; Rm 5:8; Jo 10:17-18; 15:13; 1 Jo :7-21.
Não basta dizer que ama. É preciso demonstrar esse amor por meio de ações. Há uma música que diz: “Quem ama cuida!” Isso é verdade. Aquele que ama pensa e se preocupa com o outro, seja ele seu cônjuge, seu filho, seus pais, seus amigos ou seu próximo. Cf. 1 Co 13:1-13.
Conclusão. Os tempos são muito difíceis para o amor. Vivendo em uma sociedade capitalista, nós também nos capitalizamos e herdamos as características desse sistema, tais como o egoísmo e o individualismo. Mas, embora sejamos maus, lá no fundo queremos ser bons. Dessa forma, o exercício do amor é um dom a ser procurado com insistência para que possamos vencer o mundo e sairmos vitoriosos dessa batalha para, ao fim de tudo herdarmos a coroa da vida. Cf. Rm 8:37; 1 Jo 5:4; Tg 1:12; Ap 2:10.
Prof Izaias Resplandes
Enviado por Prof Izaias Resplandes em 31/05/2009